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Baixa Geração Solar Marca o Mês de Setembro/23

O mês de setembro de 2023 foi marcado por uma baixa irradiação e um grande volume de chuvas, o que impactou de forma muito significativa a produção de energia solar neste período. Trazemos abaixo alguns dados e análises ténicas feitas pelo nosso Engenheiro de Energia, Pedro Spohr, que desenha o cenário do mês de setembro:

“Foi verificado que nos meses de inverno em geral vários sistemas apresentaram produção abaixo do esperado para o período, levantando dúvidas sobre as condições climáticas e os seus impactos na geração solar. Todavia, o mês de Setembro foi o que mais chamou a atenção, e por isso é o objeto deste estudo mais detalhado.

Foi observado que a geração de energia solar teve uma redução brusca, em todos os sistemas monitorados (Renovigi, SolarEgde, Micro inversores Renovigi) sendo visto reduções entre 20% e 55% de geração sobre a expectativa para o mês. A variação entre os sistemas se dá pela tecnologia dos equipamentos, condições de instalação individual de cada um, sendo os módulos direcionados ao norte menos afetados. Contudo, não são apenas estes pontos que influenciam na geração solar, outros fatores locais podem interferir como sombras de árvores, sujeiras, nebulosidade, etc.

Nos meses onde a geração foi abaixo das médias, observamos maior quantidade de chuvas acumuladas do que as médias históricas:




Como pode ser visto, nos meses de Junho e Julho, as chuvas foram em maior quantidade do que a média, trazendo mais dias nebulosos e por consequência menor radiação solar disponível. O mês de Setembro pode se ver uma quantidade de chuvas acumulada de cerca de 2,82 vezes a expectativa de precipitação para o mesmo período.

Foi utilizada a base de dados de irradiação do INMET, estação meteorológica de Porto Alegre no Jardim Botânico, enquanto os dados de geração foram extraídos de uma usina de referência para observar o efeito de maneira prática.

É possível observar que a radiação de Setembro chegou a 66,17% em relação ao ano passado, e a 77,58% da média histórica. Esta é a redução da energia total que chega a superfície da terra, e ao converter ao sistema solar, os fatores de disposição dos módulos no telhado, orientação geográfica, sujeira, entre outro fatores, vão influenciar.

O desempenho da geração de Setembro de 2023 foi 60,75% do desempenho do ano anterior e 65,24% em relação a média do Atlas RS.

Pontua-se que a redução de Irradiação chegou a 33% em relação ao ano de 2022, e redução de 23% do que é a média histórica. Esta redução vai afetar os sistemas de maneiras diferentes, dependendo das suas particularidades de telhado e sombreamento.”

Análises do Estudo: Eng. Pedro Spohr | CREA-RS 224031


 

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